Led Zeppelin é amplamente considerada uma das bandas mais prolíficas de sua geração, reunindo músicos excepcionais como Jimmy Page, John Paul Jones, John Bonham e Robert Plant. O grupo se destacou não apenas pelo talento individual, mas pela forma harmoniosa como combinaram suas habilidades, criando uma sonoridade única. Desde o primeiro ensaio, em um pequeno cômodo que mais tarde ficaria em Chinatown, já era evidente que haviam encontrado algo especial.

Apesar do sucesso, Robert Plant revelou que não era fácil fazer parte da banda. O nível de talento e energia tornava desafiador deixar sua marca nas músicas. Plant descreveu o Led Zeppelin como uma “locomotiva a vapor” — um som poderoso e intenso que dificultava encaixar performances vocais sem perder a essência coletiva do grupo.
Ainda assim, a banda conseguiu consolidar um repertório icônico, criando músicas que influenciam artistas até hoje. O reconhecimento veio em forma de prêmios e homenagens, incluindo um prêmio de Contribuição Vitalícia do Grammy. No entanto, Plant demonstrou incômodo com essa valorização repetitiva, preferindo que artistas que inspiraram o Led Zeppelin — como Link Wray, Dick Dale e Rocky Erickson — recebessem mais reconhecimento.

Plant sequer compareceu à cerimônia do Grammy para receber o prêmio. Em vez disso, escolheu participar de shows beneficentes para ajudar vítimas de um tsunami. Sua decisão reforçou seu compromisso com causas humanitárias, colocando a solidariedade acima do glamour da indústria musical.
Para ele, era mais relevante unir-se a nomes como Damon Albarn, Massive Attack, Portishead e The Coral para arrecadar fundos do que passar dois dias em entrevistas repetitivas. Essa postura mostra que, para Plant, a música e sua força social superam qualquer formalidade ou homenagem institucional.