Mark David Chapman, responsável pelo assassinato de John Lennon em 1980, teve seu pedido de liberdade condicional negado pela 14ª vez. A decisão foi tomada após audiência realizada em 27 de agosto, conforme informou o Departamento de Correções e Supervisão Comunitária de Nova York. Chapman, atualmente com 70 anos, cumpre pena de 20 anos a prisão perpétua na Green Haven Correctional Facility.
O criminoso foi preso em 1981, condenado por homicídio em segundo grau, depois de atirar contra Lennon em frente ao edifício Dakota, em Nova York, onde o ex-Beatle morava com Yoko Ono. No mesmo dia do crime, Lennon havia autografado um exemplar do álbum Double Fantasy para o assassino. Desde 2000, Chapman vem tentando obter liberdade condicional, sempre sem sucesso.
Durante audiências anteriores, Chapman expressou arrependimento e chegou a declarar que merecia a pena de morte por ter matado Lennon em busca de fama pessoal. Em uma entrevista de 2020, descreveu seu ato como “repulsivo” e “desprezível” e disse pensar constantemente em Yoko Ono, que ficou viúva aos 47 anos e nunca mais se casou.
Yoko Ono tem se manifestado contra todas as tentativas de liberdade do assassino. Em 2000, escreveu à Junta de Liberdade Condicional uma carta que classificou como a mais difícil de sua vida. Ela afirmou temer que a soltura de Chapman reacendesse o pesadelo e a dor causados pela morte do marido e que pudesse até gerar novos episódios de violência.
O próximo pedido de liberdade condicional de Chapman está previsto para fevereiro de 2027. Enquanto isso, o legado de John Lennon permanece vivo na música e na memória dos fãs em todo o mundo, ao passo que Yoko Ono, hoje com 92 anos, segue preservando a história do parceiro e da família.