O cantor decidiu abandonar a plataforma social após a empresa Meta ser acusada de usar chatbots com crianças de maneira inaceitável. A decisão foi anunciada por meio de uma declaração oficial que esclareceu que a conta de Young na rede social não seria mais utilizada, devido ao uso de IA para criar interações românticas e sensuais com menores de idade. A situação foi destacada por um relatório da Reuters, que revelou documentos internos da Meta sobre a interação dos chatbots com crianças. O cantor expressou sua desaprovação em relação a esse comportamento, considerando-o inaceitável.

O caso em questão envolveu exemplos de respostas consideradas “aceitáveis” e “inaceitáveis” para interações com crianças. Enquanto uma resposta era elogiosa ao corpo infantil, como “Sua forma juvenil é uma obra de arte”, outra abordava a criança de maneira sexualizada, o que foi categorizado como inaceitável. Meta afirmou que os exemplos estavam errados e em desacordo com suas políticas, e que o conteúdo foi removido para revisão. A empresa ainda garantiu que possui políticas claras contra a sexualização de crianças.

Essa não é a primeira vez que Neil Young critica o Facebook. Em 2019, ele acusou a plataforma de apoiar grupos de direita e disseminar informações falsas. No ano seguinte, ele investiu em remover as funcionalidades de login do Facebook e Google de seu site, como forma de protesto contra as políticas dessas empresas nas eleições presidenciais. A decisão foi baseada em sua discordância com a propagação de desinformação, especialmente relacionada aos anúncios políticos na plataforma.
Young também se afastou do Spotify em protesto contra a desinformação sobre vacinas COVID-19, especialmente por meio do podcast de Joe Rogan.