Lançado em 18 de novembro de 2005 no Reino Unido, este é um drama biográfico que retrata os últimos anos de Brian Jones, fundador e guitarrista dos Rolling Stones. O longa foi dirigido por Stephen Woolley, conhecido por seu trabalho como produtor em diversos filmes britânicos. A produção ficou a cargo da Intermedia Films e da Number 9 Films, duas companhias do cinema independente britânico que apostaram em um retrato sombrio e psicológico.


O filme mergulha nos conflitos pessoais e no estilo de vida autodestrutivo de Brian Jones, interpretado por Leo Gregory. Mostra como seu comportamento errático, o uso abusivo de drogas e sua relação conturbada com os demais integrantes da banda acabaram por isolá-lo progressivamente. A narrativa se concentra especialmente em sua relação com o funcionário Tom Keylock e o construtor Frank Thorogood, com este último sendo apresentado como o possível responsável pela morte de Jones, algo que que ainda circula entre fãs e biógrafos.

Dentro da história do rock, o filme ocupa um lugar relevante ao trazer à tona os bastidores de uma das bandas mais influentes do século XX sob a ótica de um personagem que, embora esquecido por muitos, foi essencial na gênese do som e da imagem dos Rolling Stones. Brian Jones era um multi-instrumentista visionário e o verdadeiro líder do grupo em seus primeiros anos. Sua trágica morte em 1969, aos 27 anos, o inscreveu no chamado “Clube dos 27”.


A estética do filme procura capturar o clima da década de 1960, com figurinos, trilha sonora e ambientações que remetem ao auge do psicodelismo britânico. No entanto, também foi alvo de críticas por dramatizar eventos com base em teorias não comprovadas, o que levantou questionamentos sobre a responsabilidade artística ao lidar com personagens reais.