O vocalista do U2, Bono, refletiu sobre a banda ter enviado seu álbum Songs Of Innocence para todos os usuários do iPhone em 2014 – um movimento que foi considerado extremamente controverso na época e que provocou um debate sobre o papel da big tech na música.
Refletindo em seu livro de memórias Surrender: 40 Songs, One Story by Bono, em um trecho exclusivo publicado pelo The Guardian, Bono escreve: “Se apenas levar nossa música para pessoas que gostam de nossa música era a ideia, era uma boa ideia. Mas se a ideia fosse levar nossa música para pessoas que talvez não tivessem um interesse remoto em nossa música, talvez houvesse alguma reação. Mas qual foi a pior coisa que poderia acontecer? Seria como lixo eletrônico. Não seria? pegando nossa garrafa de leite e deixando na porta de cada casa do bairro”.
Os usuários do iPhone acordariam naquela manhã para encontrar o álbum baixado automaticamente em seus dispositivos e, embora não fossem obrigados a ouvir o disco, para muitos fãs e não fãs, parecia uma invasão de privacidade.
“Assumo total responsabilidade”, acrescenta Bono, comentando mais tarde: “rapidamente percebemos que tínhamos esbarrado em uma discussão séria sobre o acesso da grande tecnologia às nossas vidas. A parte de mim que sempre será punk rock pensou que isso era exatamente o que o Clash faria. Subversivo. Mas subversivo é difícil de reivindicar quando você está trabalhando com uma empresa que está prestes a ser a maior da Terra”.
Talvez sem surpresa, dada a reação ao esquema de lançamento de Songs Of Innocence, o lançamento para o acompanhamento de 2017, Songs Of Experience, foi um assunto tartadod e maneira muito mais tradicional.
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